Muitas dúvidas pairam a respeito da sedação para procedimentos odontológicos, sobretudo quando se trata de crianças. A doutora em odontopediatria pela UFF, Liz Moraes, explica que o procedimento, principalmente nos casos infantis, se faz necessário quando o paciente tem alguma questão emocional, como por exemplo, uma ansiedade ou medo exacerbado, até mesmo pânico. “Há pessoas que tem um histórico pregresso de transtornos em relação à cadeira odontológica e podem apresentar reações sistêmicas a isso, como sudorese, queda de pressão e outros problemas nesse sentido. Então, utilizamos a sedação. Destacando que as crianças acabam não tendo maturidade para enfrentar isso e colaborar”, conta.
A sedação pode ser feita pelo próprio odontopediatra, de acordo com a especialista, mas ela destaca que o ideal é que seja feita por uma equipe, composta por profissional, seja odontopediatra ou não, capacitado para o ato. Dra. Liz explica também que tudo pode ser feito no consultório, desde que este consultório seja completamente equipado e preparado tanto para a sedação quanto para o retorno do paciente à consciência. “Então, tem que ter um pós-operatório e um pós-cirúrgico específico para a sedação, com medicamentos e todo o preparo desse paciente. Em consultório, fazemos sedação com óxido nitroso ou a medicamentosa”, ela completa. A doutora comenta que, em casos que há encaminhamento do paciente para atendimento hospitalar, o odontopediatra deve ter total acesso ao ambiente, onde o procedimento é feito por um médico anestesista e a equipe odontológica entra para fazer a cirurgia.
Sobre a necessidade de exames prévios, a resposta é sim. Eles são necessários. São exames prévios como qualquer outro ato cirúrgico. “É solicitado um risco cirúrgico do paciente e tem que haver uma anamnese muito minuciosa para saber se há alergias, tanto alimentares quanto medicamentosas, a fim de evitar quaisquer intercorrências durante esse ato cirúrgico ou durante esse tratamento odontológico”, alerta Dra. Liz.
As opções de sedação, segundo Dra. Liz Moraes, são diversas. Ela pode ser medicamentosa, onde há medicamentos específicos para sedar aquela criança; sedação com óxido nitroso, ou ambas atuando em conjunto. “Além desse tipo de sedação, também é possível sedar em nível hospitalar, quando essa criança requer um nível de tratamento maior”, acrescenta.
Sobre a melhor opção, a especialista afirma que é sempre a que se adaptar melhor à questão que o paciente apresenta e isso se baseia no na avaliação do paciente feita pelo profissional qualificado.
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AMANDA MARIA SILVEIRA
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