Pesquisas baseadas nos dados disponíveis de 2013 a 2023. Da RAPS – Rede de Atenção Psicossocial do SUS – demonstram que os jovens e crianças estão entre os mais afetados pela ansiedade, superando pela primeira vez os adultos. Mas, para a terapeuta holística, Priscila Tissi, é preciso olhar mais profundamente esses casos de ‘ansiedade’. Para os estudiosos, não há apenas uma causa que motive esse aumento, mas alguns apontamentos são comuns entre eles, como crises econômicas, climáticas, uso excessivo de celulares e jogos e autodiagnósticos simplistas.
É aí que entra a análise de Priscila Tissi. De acordo com ela, muitas das mães que a procuram relatando a ansiedade dos filhos não passaram antes por um diagnóstico para esse quadro e estão relatando os comportamentos, que muitas das vezes são refletidos por essa família, ou pela própria escola, sobrecarregada pelo mundo atual acelerado. “É preciso fazer uma busca pelas reais razões comportamentais de cada atendimento, como que se colocando uma lupa nas situações, antes de entender pelo que essa criança ou adolescente está passando, pois ela pode estar apenas refletindo, somatizando toda uma realidade de vivência”, afirma ela.
Nesse contexto, a profissional trabalha, além da homeopatia, diversos métodos, que podem trazer à luz os sentimentos e minimizá-los de forma harmônica. Uma das técnicas é a análise de desenho. “Muitas vezes, as crianças se comunicam através dos desenhos e então, vamos analisando os elementos, sem direcionar. Ou seja, não há direcionamento e sim análise das emoções. Isso não é um diagnóstico e sim uma das formas de buscar a comunicação com eles, que acabam também verbalizando nesse momento”, explica
Na oficina das emoções, a profissional usa várias técnicas entrelaçadas, a fim de também desvendar essa criança ou adolescente. Mas, ela atenta para o fato de que sempre deve de acontecer um primeiro encontro com o responsável, ou com mais de um e que, nesse encontro, é possível entender a relação, a rotina familiar, primeiro passo para começar essa abordagem com a criança ou adolescente. A partir daí, já se inicia um acompanhamento terapêutico-homeopático. Priscila explica que o Encontro com Arte também pode ser um recurso utilizado dentro da Oficina das Emoções. A Oficina das Emoções é um pacote, onde pode ter análise de desenho, o Encontro com Arte ou a Oficina em si. “Tudo vai depender realmente da idade da criança, do cognitivo, da fase de desenvolvimento que ela está para saber o que nós vamos usar”, detalha.
Todos esses recursos podem ser trabalhados online. “Claro que quanto mais sessões com a criança, mais aprendizado a criança vai ter, para poder entender suas emoções e entender suas reações, então quanto mais com certeza mais resultados”, afirma ela.
Para concluir, a terapeuta conta que crianças e adolescentes podem utilizar todas as terapias holísticas integrativas, como massagem energética, reiki, reflexologia podal, entre outras, mas que todos os menores de 16 anos precisam ter o acompanhamento de um responsável nessas técnicas, por haver contato físico com eles.
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AMANDA MARIA SILVEIRA
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