Desde a instalação da TeleUTI no estado de São Paulo, a permanência média dos pacientes em leitos caiu de 10 para cinco dias. Houve também queda na taxa de mortalidade, que passou de 28% no momento da implantação do modelo para 7% na primeira semana de julho. A iniciativa teve início em março deste ano no Conjunto Hospitalar do Mandaqui, localizado na Zona Norte da capital paulista.
Cristina Balestrin, médica especialista em Administração em Saúde e assessora da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, explica que o projeto de TeleUTI utiliza tecnologias de informação e comunicação para oferecer suporte remoto a equipes profissionais que atuam em unidades de terapia intensiva.
“Por meio de teleinterconsultas, especialistas da área de medicina intensiva localizados em centros de referências podem colaborar com profissionais que desenvolvem as suas atividades profissionais em diversos hospitais, fornecendo orientações, discutindo casos clínicos e compartilhando conhecimento especial em tempo real”, detalha.
A médica acrescenta que além das interações que são realizadas através de plataformas digitais, um ponto relevante é a capacitação de profissionais. Segundo ela, são realizados treinamentos a distância e presenciais para esses times assistenciais.
“Ao diminuir o tempo médio de internação, nós estamos aumentando a capacidade instalada dessas UTIs, ou seja, sem que nós tenhamos aumentado a área física dessa UTI, contratado pessoas, nós ampliamos oferta de leitos, capacitando, discutindo casos e tomando decisões que impactam na qualidade assistencial”, avalia.
O Governo de São Paulo pretende expandir o Programa de Saúde Digital a outros 19 hospitais. Com a implementação desta iniciativa, inovações poderão ser introduzidas em 355 leitos, possibilitando a realização de mais de 1,3 mil novos atendimentos em todo o estado.
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