O governo do Rio Grande do Sul revogou 30 decretos que foram publicados, desde março de 2020, para evitar o avanço da covid-19 no estado. A decisão foi tomada a partir da declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a pandemia de Covid-19 não configura mais uma emergência de saúde pública. O decreto de revogação, de número 57.087, foi assinado pelo governador Eduardo Leite e entrou em vigor nessa segunda-feira (3).
O principal decreto revogado é de número 55.128, que declarou estado de calamidade pública em todo o território do Rio Grande do Sul. Em seguida, o Decreto 55.129, que estabelecia o Gabinete de Crise para o Enfrentamento da Epidemia, o Conselho de Crise, o Grupo Interinstitucional de Monitoramento das Ações de Prevenção no Sistema Prisional e o Centro de Operação de Emergência (COE Covid-19).
Os decretos que estabeleceram e mantiveram o Sistema de Distanciamento Controlado e o Sistema 3As (Avisos, Alertas e Ações) para monitoramento e controle da covid-19 também perderam a validade.
Apesar de não ser mais uma emergência de saúde, ainda há casos graves de Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 18 e 24 de junho, foram registrados 1.215 novos casos e 11 novas mortes.
Por isso, o infectologista Werciley Vieira recomenda cuidados básicos no dia a dia. “Higienizar as mãos, caso tenha sintomas respiratórios usar máscara para não se contaminar, — e principalmente, vacinação.”
Ele explica que pessoas com imunidade baixa também devem fazer uso de máscara e evitar ambientes com aglomeração de pessoas.
Vacinação
De acordo com a infectologista Eliana Bicudo, a vacina da Covid-19 foi importante para reduzir drasticamente os números de casos da doença. “Há dois anos, havia um número muito grande de pessoas infectadas evoluindo gravemente. Hoje, essa situação mudou, inclusive, temos um vírus um pouco diferente circulante. Lembrando que a vacina que temos disponível hoje é a bivalente, na qual nós temos cepas variantes que protegerão contra mutações, ou seja, variantes da Covid-19”, alerta.
Bicudo ainda recomenda que pessoas que tomaram a última dose da vacina há mais de seis meses procurem um serviço de saúde para fazer o reforço.