Acidentes com líquidos quentes, produtos químicos e fogo são as principais causas de queimaduras. E, segundo o Ministério da Saúde, 70% dos casos ocorrem dentro de casa, principalmente com crianças e idosos. “Muitas pessoas subestimam os riscos dentro de casa. A cozinha, por exemplo, é um dos locais mais perigosos, onde panelas, líquidos ferventes e superfícies quentes podem causar queimaduras graves”, explica a dermatologista Carolina Labigalini Sampaio, do Pilar Hospital, em Curitiba.
Ainda segundo os dados do MS, cerca de um milhão de queimaduras ocorrem anualmente no Brasil. Apenas entre os anos de 2015 e 2020, foram registradas quase 20 mil mortes em decorrência desses acidentes e lesões. Esse dado, alerta a especialista, reforça a necessidade de se conhecer os perigos e tomar as medidas necessárias em caso de queimaduras mais graves.
Tipos e cuidados
A especialista explica que há três classificações para as queimaduras, de acordo com a gravidade das lesões. As queimaduras de primeiro grau afetam apenas a epiderme, primeira camada da pele, causando danos mínimos, como vermelhidão, dor e inchaço. Suas causas frequentes são a exposição prolongada ao sol ou contatos breves com objetos quentes, como encostar em panelas no fogo ou que acabaram de ser utilizadas.
Já as de segundo grau são mais graves porque o dano se estende além da camada superior da pele, atingindo também a derme e causando bolhas. Elas são ocasionadas por um contato mais prolongado com líquidos ou objetos muito quentes. Em função das bolhas, as queimaduras de segundo grau podem exigir o cuidado médico para evitar as cicatrizes.
Na queimadura de terceiro grau, o tipo mais grave, os danos se estendem à hipoderme e podem alcançar tecidos como músculos e ossos. “Essa queimadura exige atenção, já que ela não causa tanta dor, em função do acometimento dos nervos”, orienta a médica. Além desses três graus, as queimaduras também podem ser classificadas em extensas ou localizadas, dependendo da área atingida, e podem envolver complicações, como infecções ou desidratação.
Queimaduras leves podem ser tratadas em casa, sem necessidade de atendimento médico imediato. “Após o acidente, a área queimada deve ser colocada sob água corrente em temperatura ambiente, nunca gelada. No caso de queimaduras de primeiro grau, o uso de hidratantes ou vaselina auxilia na recuperação. Já nas queimaduras de segundo e terceiro graus, é fundamental buscar atendimento médico”, reforça a especialista. O tratamento pode variar de medicações tópicas a cirurgias reconstrutoras.
Soluções que devem ser evitadas
Algumas crenças populares sobre o tratamento de queimaduras podem piorar a lesão. A aplicação de gelo ou água gelada, por exemplo, agrava o quadro. “Além disso, o uso de pomadas sem prescrição médica e substâncias como café, pasta de dente ou plantas medicinais aumenta o risco de alergias, infecções e atraso na cicatrização”, avisa a
dermatologista.
Sobre o Pilar Hospital
Com mais de 60 anos de tradição, o Pilar Hospital é reconhecido como referência na integração de tecnologia avançada e atendimento humanizado. Localizado no bairro Bom Retiro, em Curitiba, o hospital atende pacientes de todo o Paraná, oferecendo suporte essencial em 44 especialidades médicas. Sua estrutura robusta inclui mais de 120 leitos de enfermaria, 39 unidades de terapia intensiva e o Pilar Centro Médico, que realiza até 500 procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade por mês, consolidando seu papel na qualidade e acesso à saúde para os paranaenses.