O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é um tipo de tumor que afeta o cólon e o reto, partes do intestino grosso. Ele é um dos tipos de câncer mais comuns no mundo e uma das principais causas de morte por câncer, mas é altamente tratável quando diagnosticado precocemente. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA, são esperados um total de 45.630 novos casos em 2025, sendo 23.660 em mulheres e 21.970 em homens.
O rádio-oncologista Henrique Balloni, do Oncoville, explica que a prevenção contra o câncer de intestino combina hábitos simples com check-ups regulares para cuidar da sua saúde. Entre as ações que ajudam no combate está a alimentação saudável como forma de proteção. “Os alimentos com fibras são aliados, como frutas, verduras, legumes e grãos integrais, que ajudam a manter o intestino saudável. Reduza carnes processadas e vermelhas. Opte por peixes, aves e proteínas vegetais. A hidratação também é importante. Beba água regularmente para facilitar a digestão. As atividades físicas devem fazer parte de prevenção. 30 minutos de exercícios por dia reduzem o risco e melhoram o bem-estar geral. Combinação de dieta equilibrada e exercícios afasta não só o câncer, mas diversas doenças. Evite riscos como o tabagismo e o alcoolismo. O tabaco danifica o corpo todo, incluindo o intestino, já o excesso de bebidas alcoólicas aumenta o perigo.”
Os principais fatores que aumentam o risco de câncer colorretal incluem a idade, já que é um tipo de tumor mais comum após os 50 anos, histórico familiar, com parentes de primeiro grau com câncer colorretal ou pólipos. Doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, também podem servir para reforçar os cuidados e ficar atento aos exames regulares.
Nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode ser assintomático, mas alguns sinais podem indicar que há algo de errado. Os sintomas podem variar dependendo da localização e do estágio do tumor. Entre os mais comuns estão alteração no hábito intestinal, sangue nas fezes ou fezes escurecidas, dor ou desconforto abdominal persistente, sensação de evacuação incompleta, perda de peso não intencional, fraqueza e cansaço e ainda anemia, que pode ser detectada em exames de sangue.
Como é o rastreamento e o tratamento?
O exame de rastreamento é a colonoscopia, indicada regularmente a partir dos 50 anos. Porém, para quem tem parentes de primeiro grau com tumores desse tipo, doenças intestinais inflamatórias ou é portador de síndromes hereditárias, a colonoscopia poderá ser indicada de forma mais precocemente.
Em geral, o tratamento é a cirurgia, quimioterapia, terapia-alvo e radioterapia. No entanto, cada paciente pode seguir diferentes tipos de tratamento, dependendo do tipo, estágio e localização do câncer, além das condições gerais de saúde. Os tratamentos podem ser combinados e personalizados para oferecer as melhores chances de cura ou controle da doença. A radioterapia é mais indicada para o tratamento local do câncer de reto. Há estudos científicos que apontam aumento no controle da doença com o uso da radioterapia após cirurgia, especialmente nos tumores avançados.
Ainda segundo o médico rádio-oncologista, com a radioterapia que utiliza técnicas avançadas de localização da lesão durante a aplicação da radiação, como IGRT (radioterapia guiada por imagem) com monitorização do ciclo respiratório (4D), é possível ablação das metástases substituindo a ressecção cirúrgica dessas células doentes que já se espalharam para outras partes do corpo. “Geralmente, as metástases dos tumores de intestino afetam o fígado, os pulmões, ossos e cérebro”, salienta Henrique Balloni.
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Heverson Bayer
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