Com 170.376 casos e 33 mortes confirmadas apenas neste início de 2025, a dengue está causando menor impacto do que no ano passado no Brasil, com exceção de São Paulo, onde a presença do vírus tipo 3 provocou aumento de 50% dos casos em relação ao mesmo período de 2024.
“O teste molecular é o melhor para diagnosticar a dengue nos primeiros dias da infecção, enquanto o teste de antígeno pode ser mais eficaz quando a doença está na primeira fase, ao passo que o teste sorológico identifica não a dengue, mas a presença de anticorpos que indicam se o paciente teve dengue recentemente ou no passado”, a explicação é do biólogo Pedro Aguiar, gerente técnico-científico da Seegene, empresa especializada em testes moleculares para doenças infecciosas e genéticas.
A explicação é que o teste molecular, conhecido também como PCR, detecta o RNA do vírus mesmo na fase mais precoce da dengue. Já o teste de antígeno se destina a identificar a proteína NS1, que existe no vírus, mas pode ter sensibilidade menor que o PCR. Já o teste sorológico (IgM/IgG) não vai atrás do vírus, mas procura os anticorpos que são produzidos pelo organismo para combater o vírus e persistem no sangue mesmo após o fim da dengue. Funcionam como um registro de que o paciente já teve a doença no passado recente ou remoto.
A diversidade dos testes é necessária por causa das características da dengue, que costuma infectar mais de uma vez um paciente, à medida que predominam em determinada região os sorotipos 1, 2, 3 e 4. A dengue grave, conhecida anteriormente como dengue hemorrágica, é mais temida, e é mais comum quando a pessoa tem a dengue pela segunda vez e o sistema imunológico reage de forma exagerada à presença do vírus.
A identificação do sorotipo mais frequente em determinada região é importante para a Saúde Pública, para acompanhar a disseminação da doença. Pedro Aguiar lembra que, como em outras moléstias, o mais recomendado é a prevenção, feita através do combate aos nascedouros do mosquito que pode ser transmissor do vírus e através da vacina, disponibilizada pelo SUS para a faixa etária de 10 a 14 anos. Até agora, porém, ainda não foi possível conseguir uma cobertura vacinal suficiente para debelar o surto atual.
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JOSE ROBERTO LUCHETTI
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