Você já parou para pensar nos cuidados bucais de um bebê? Ou ainda acha que esses cuidados só começam na troca dos dentinhos de leite? A doutora em odotopediatria, Liz Moraes explica que esses cuidados começam muito antes do que imaginamos. De acordo com ela, os primeiros 1000 dias do bebê, período que dura desde os nove meses da gestação até os primeiros dois anos de vida dessa criança, são fundamentais tanto para o crescimento neurológico, emocional quanto para o desenvolvimento do corpo, do sistema imunológico e do cérebro dessa criança.
Dra. Liz conta que, durante esse período, as crianças aprendem a raciocinar, a falar e é aí que também está o desenvolvimento de arcada dentária, da parte óssea. Sendo assim, é um período fundamental para a formação de bons hábitos alimentares, que aumentam as chances dessa criança se tornar um adulto saudável. “Junto à ortodontia, a odontopediatria, nesses primeiros mil dias, possibilita ter uma previsão da arcada dessa criança. Então, fazemos o acompanhamento da evolução do desenvolvimento crânio-facial de uma forma completa, já prevendo uma possível má-oclusão, hábitos danosos, como, por exemplo, o uso de chupeta”, explica ela.
A especialista chama a atenção para o fato de que a odontopediatria age na orientação dos pais nos primeiros cuidados com o bebê em relação à amamentação, por exemplo, e também à introdução alimentar, sempre de forma multidisciplinar, indicando uma alimentação equilibrada e uma escovação dos dentes correta e habitual nesse núcleo familiar.
Em relação à alimentação, a profissional comenta que a introdução alimentar começa a partir dos seis meses de idade e que é recomendado ZERO açúcar até os dois anos de idade. “Nesses primeiros mil dias da criança, temos uma orientação de paladar. Então, quanto mais tarde a gente introduzir o açúcar, menos adaptada ao açúcar essa criança vai estar. E isso não refletirá somente na saúde bucal, mas na saúde como um todo”, alerta.
No que se refere à primeira consulta ao odontopediatra, é importante que ela seja feita mesmo antes da primeira irrupção dentária, até para que a família seja orientada em relação à pega da amamentação e diversos outros fatores. “Essa primeira consulta acontece de uma forma muito lúdica e com orientações passadas aos pais e responsáveis, que acompanham a criança. Ressaltando o ZERO açúcar, a quantidade de escovação, o tipo de pasta e assuntos afins”, conta Dra. Liz. No acompanhamento, a partir de então, cada criança vai ter uma demanda específica e personalizada, mas geralmente varia em torno de quatro a seis meses, de acordo com a especialista.
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AMANDA MARIA SILVEIRA
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