De acordo a empresa de meteorologia Climatempo, uma nova onda de calor atingirá diversos estados brasileiros nos próximos dias, incluindo Goiás. Os meteorologistas alertam que essa onda de calor pode persistir, mantendo o clima quente por vários dias consecutivos. As altas temperaturas aumentam os riscos de desidratação e outros problemas de saúde relacionados ao calor extremo.
Diante dessa situação, Gabriella Carvalho, docente do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, destaca a importância dos cuidados com crianças e idosos, grupos mais vulneráveis ao calor. “A adoção de medidas preventivas é crucial. O sistema de controle da temperatura corporal das crianças ainda está em desenvolvimento, dificultando a manutenção de uma temperatura interna estável. Já os idosos possuem um sistema de termorregulação menos eficiente, o que prejudica a capacidade de dissipar o calor”, explica.
A especialista ressalta que muitos idosos sofrem de doenças crônicas que podem agravar os efeitos do calor, como doenças cardiovasculares e diabetes. No calor intenso, o corpo responde com vasodilatação, ou seja, a dilatação das artérias, na tentativa de dissipar o excesso de calor, o que leva a um aumento do fluxo sanguíneo para a pele e ao processo de transpiração.
“A sudorese é um dos principais mecanismos do corpo para regular a temperatura interna. Através da vasodilatação, um fluxo sanguíneo mais intenso é direcionado à pele. Se não houver reposição de água para compensar a perda pela transpiração, a concentração de sangue nos vasos sanguíneos diminui, o que pode levar a uma queda da pressão arterial e, em situações mais graves, resultar em desidratação”, alerta.
Por fim, a docente da Anhanguera destaca que esse fator que ocorre com idosos e crianças se deve também ao fato de que, naturalmente, eles possuem menos água corporal, sentem menos sede e transpiram menos, o que reduz a capacidade de seus corpos de regular a pressão arterial e a temperatura interna.
“O corpo de uma pessoa idosa, quando superaquecido, encontra dificuldades para liberar o excesso de calor, o que pode levar a um aumento perigoso da temperatura interna. Esse aumento não é causado por febre, mas sim pela incapacidade do organismo de regular sua própria temperatura. No caso das crianças, a atenção também deve ser redobrada em relação à exposição solar, uma vez que a incidência de raios ultravioleta nocivos à pele é significativamente maior nos pequenos”.
Carvalho listou algumas dicas de cuidados. Confira:
Para crianças:
Roupas Adequadas: vestir as crianças com roupas leves e de cores claras.
Hidratação Regular: incentivar a ingestão frequente de líquidos, mesmo que a criança não sinta sede.
Ambientes Frescos: manter as crianças em ambientes frescos e bem ventilados, especialmente durante as horas mais quentes do dia.
Para idosos:
Monitoramento da hidratação: verificar regularmente a ingestão de líquidos e incentivar a hidratação.
Acompanhamento Médico: consultar um médico sobre os efeitos dos medicamentos em relação à exposição ao calor.
Ambientes Climatizados: garantir que os idosos tenham acesso a ambientes climatizados ou bem ventilados.
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NICHOLAS MONTINI PEREIRA
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