A Universidade Santo Amaro (Unisa) – uma das mais importantes faculdades médicas do país – promoverá a 6ª edição do Projeto de Extensão Par(á) Vida, uma iniciativa realizada em conjunto com os estudantes do curso de Medicina da Instituição. Durante os dias 15 a 22 dezembro, os futuros médicos, orientados por especialistas de diversas áreas, levarão assistência voluntária à população ribeirinha de Caiçaua e da Ilha de Igarapé, no município de Santa Bárbara, no Pará.
A cidade, que fica no extremo Norte do Pará, é uma das localidades mais populosas do Estado, com 20 mil habitantes. A região tem apenas 10,6% dos domicílios com saneamento básico. A renda média das famílias é de 1,5 salário-mínimo, que vem da atividade informal para 90% dos trabalhadores. Durante a ação, será oferecido atendimento médico à população e, caso necessário, a prescrição de medicamentos para a continuidade do tratamento.
Ao longo das cinco edições do Projeto Par(á) Vida foram realizados mais de 1,5 mil atendimentos. Segundo o diretor do curso de Medicina da Unisa, professor doutor Henrique Mantoan, o projeto faz parte do propósito da Universidade em transformar e contribuir para uma sociedade justa, igualitária e sustentável. “A Unisa investe continuamente em pesquisas e projetos de responsabilidade social, ao todo são realizados, por ano, mais 500 mil atendimentos à comunidade”, ressalta Mantoan.
No ano passado, foram realizados mais de 400 atendimentos médicos durante a iniciativa. Médicos e estudantes também deram orientações sobre os cuidados com higiene pessoal das crianças e dos adolescentes, como: escovação dentária e lavagem das mãos.
O projeto identificou um alto índice de doenças causadas por parasitas, seguido de dores crônicas, que pode estar associada a atividades de trabalho que exigem esforço físico. Os especialistas ainda observaram casos de maternidade precoce, em crianças de 14 a 16 anos; e quadros de má alimentação, em decorrência de erros alimentares e da própria ausência de alimentos saudáveis.
Os dados levantados nos atendimentos são utilizados para apoiar pesquisas voltadas à saúde da população ribeirinha. Na edição anterior, os estudos relacionaram o IMC de crianças e adolescentes locais com o déficit alimentar. Com base nas análises, os participantes desenvolvem atividades voltadas à educação alimentar e sua importância no processo de desenvolvimento e crescimento infantil. A pesquisa também foi apresentada no Congresso Paulista de Educação Médica 2024 (CPEM).
Para a aluna de Medicina e participante da comissão organizadora do projeto, Isabelle Luz, falar da iniciativa Par(á) Vida é falar de amor e dedicação; é entender que a Medicina é muito mais do que apenas uma consulta. “Para nós, a Medicina é o toque, o cuidado, é enxergar de maneira sincera a forma de atenção que cada paciente necessita”, ressalta a futura médica. “É uma experiência única e benevolente que toca os corações dos nossos voluntários. Uma relação médico-paciente calorosa e um diagnóstico integral, com um olhar de gente para gente, buscando atender da melhor forma às necessidades de saúde da população local”, conclui Isabelle.
O Programa também arrecadou quase meia tonelada de medicamentos para integrar os cuidados durante os atendimentos; e oferece até 1 ano de medicações para doenças crônicas ou até anticoncepção. Dessa forma, os pacientes ficam assegurados até o retorno da próxima edição.
Serviço:
Projeto Extensão Par(á) Vida
De 15 a 22 de dezembro
Local: comunidade de Caiçaua e da Ilha de Igarapé, do município de Santa Bárbara, na Região Metropolitana de Belém – Pará.
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