De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte em todo o mundo, com mais de 700 mil mortes registradas anualmente. Em especial, o período de fim de ano, tradicionalmente associado a festas e confraternizações, apresenta um aumento significativo de suicídios. Estudo publicado na The Lancet Psychiatry, que analisou 1,7 milhão de casos de suicídio em 26 países entre 1971 e 2019, revela que o Ano-Novo é um dos períodos de risco mais elevado. Embora as festividades sejam associadas a momentos de celebração, elas também intensificam as dificuldades emocionais de muitas pessoas, aumentando a vulnerabilidade ao suicídio.
Esse fenômeno está relacionado a uma combinação de fatores emocionais, sociais e culturais que afetam aqueles que já estão emocionalmente vulneráveis. A Dra. Aline Graffiette, neuropsicóloga especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), destaca os principais fatores que contribuem para o aumento do risco de suicídio durante essa época, incluindo a pressão social pela felicidade, a solidão, as reflexões sobre falhas passadas, o medo do futuro e as expectativas irreais em relação às festas.
Pressão Social e Solidão:
A constante comparação nas redes sociais, onde momentos felizes são frequentemente compartilhados, pode gerar sentimentos de inadequação e isolamento. “A solidão, somada à expectativa de felicidade irrealista, cria um ciclo de desesperança que agrava o sofrimento emocional”, explica a Dra. Aline. Este cenário é ainda mais difícil para quem não tem uma rede de apoio, o que pode aumentar significativamente o risco de sofrimento profundo.
Reflexões e Ansiedade:
O fim de ano é um momento de introspecção, o que pode aumentar a percepção de fracasso para aqueles que não atingiram suas metas. A pressão para alcançar um “final perfeito”, junto à crescente ansiedade, pode resultar em sentimentos de inadequação. Além disso, o consumo excessivo de álcool durante as festas também contribui para o descontrole emocional, exacerbando as dificuldades psicológicas.
Abordagem Terapêutica:
Para lidar com esses desafios, a Dra. Aline recomenda a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que é eficaz na identificação e modificação de padrões de pensamento distorcidos, ajudando a reduzir a ansiedade e a desesperança. “A TCC permite que a pessoa reestruture sua visão de si mesma e do futuro, promovendo maior resiliência e habilidades de enfrentamento”, afirma a especialista. Além disso, o apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde é crucial para que o indivíduo não enfrente essas dificuldades sozinho.
A detecção precoce de sinais de sofrimento emocional e a busca por suporte profissional são essenciais para evitar crises graves. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio gratuito 24 horas, sendo uma importante alternativa para aqueles em risco. A intervenção precoce e o tratamento contínuo são fundamentais para promover o bem-estar mental e prevenir tragédias durante o fim de ano.
Sobre a Mental One
A Mental One é uma referência em saúde mental no Brasil e no exterior, oferecendo um portfólio completo de serviços especializados em terapia e apoio psicológico. Com uma equipe de profissionais altamente qualificados, a Mental One é especialista em TCC – Terapia cognitivo comportamental no qual utiliza atividades excepcionais com um atendimento acessível e personalizado, focado no bem-estar e na qualidade de vida dos pacientes. Para mais informações, acesse www.mentalone.com.br
Sobre Aline Graffiette
Aline Graffiette, fundadora e CEO da Mental One, é formada em psicologia clínica e graduada em neuropsicologia pela Faculdade de Medicina da USP, contando com ampla experiência em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Além disso, atua como mediadora judicial e perita.
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ABIGAIL BORGES DOS REIS
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