São Paulo, maio de 2025 – A doença celíaca, tradicionalmente associada a sintomas gastrointestinais como diarreia e dor abdominal, pode se manifestar de formas menos óbvias, como fadiga crônica, aftas recorrentes, osteoporose precoce, alterações de humor e problemas de pele. Esses sinais atípicos contribuem para que o diagnóstico da condição demore até 13 anos após o início dos sintomas, segundo estudos internacionais1,2.
O alerta ganha ainda mais relevância neste mês, quando se celebra o Maio Celíaco — um mês dedicado à conscientização sobre os desafios do diagnóstico e o impacto dessa condição na qualidade de vida dos pacientes.
A doença é caracterizada por uma reação autoimune ao glúten — proteína presente no trigo, centeio e cevada —, faz com que o sistema imunológico ataque o intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes. A longo prazo, isso compromete a qualidade de vida do paciente, já que sintomas como diarreia crônica, distensão abdominal, perda de peso, fadiga e anemia são comuns.
O Brasil ainda carece de estudos nacionais abrangentes sobre a prevalência da doença. Com base em estimativas europeias, calcula-se que aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros possam ser afetados pela enfermidade³. No entanto, entre 75% e 90% dos casos permanecem sem diagnóstico, devido à variedade de manifestações clínicas e à inconsistência nos critérios diagnósticos⁴.
Para um diagnóstico preciso, além da análise da história clínica do paciente, é essencial que o médico solicite exames laboratoriais específicos que detectem anticorpos relacionados à doença. A Thermo Fisher Scientific oferece um portfólio abrangente de testes laboratoriais com alta sensibilidade e especificidade — em alguns casos, com especificidade de até 100%, auxiliando na identificação correta da condição.
“Além de contribuir para diagnósticos mais precoces e assertivos, os exames laboratoriais ajudam a direcionar melhor a conduta médica, sobretudo em pacientes com sintomas atípicos — e, em alguns casos, podem até mesmo reduzir a necessidade de procedimentos mais invasivos”, destaca Aline Oliveira, farmacêutica e gerente de Produtos de Autoimunidade da Thermo Fisher Scientific.
O médico gastroenterologista é o profissional que geralmente acompanha o paciente desde os primeiros sintomas até a confirmação diagnóstica e o tratamento. Como não existe cura para a doença celíaca, a principal conduta envolve a exclusão total do glúten da alimentação — um desafio que impacta diretamente a qualidade de vida e a inclusão social dos pacientes.
Para oferecer acolhimento e informação aos pacientes e promover educação de profissionais de saúde em torno do cuidado celíaco no Brasil, foi criado o Instituto Brasileiro de Estudos da Doença Celíaca (IBREDOC), que terá seu lançamento simbólico no dia 16 de maio, quando se celebra o Dia Mundial da Doença Celíaca. “O grande desafio da doença celíaca é fechar o diagnóstico de forma precoce e com precisão. Sabemos que o paciente sofre muito com a demora dessa investigação, que pode chegar até 13 anos devido aos sintomas atípicos. Entender os sinais que podem não estar diretamente ligados e ter um teste que direcione o médico a sugerir o diagnóstico de doença celíaca, ajuda o paciente a melhorar sua qualidade de vida mais rapidamente”, explica Danielle Kiatkoski, médica gastroenterologista e diretora do IBREDOC
Os testes oferecidos pela Thermo Fisher Scientific analisam a presença de anticorpos específicos relacionados à resposta imunológica ao glúten*, sendo ferramentas essenciais no apoio ao diagnóstico da doença celíaca. Testes como o de anti-transglutaminase, considerado o mais sensível e específico, e o de anti-gliadina deamidada, útil principalmente em crianças ou em pacientes com deficiência de IgA, estão disponíveis em laboratórios de todo o país e devem ser solicitados por um profissional de saúde, que irá interpretar os resultados em conjunto com a avaliação clínica do paciente.
Referências
Norstrom F, et al. Delay to celiac disease diagnosis and its implications for health-related quality of life. BMC Gastroenterol. 2011;11:118. https://bmcgastroenterol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-230X-11-118
Violato M, Gray A. The impact of diagnosis on health-related quality of life in people with coeliac disease: a UK population-based longitudinal perspective. BMC Gastroenterol. 2019;19(1):68. Disponível em: https://bmcgastroenterol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12876-019-0980-6
Singh P, et al. Global Prevalence of Celiac Disease: Systematic Review and Meta-analysis. Clin Gastroenterol Hepatol. 2018;16(6):823-36 e2. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1542-3565(17)30783-8
Fuchs V, et al. Delayed celiac disease diagnosis predisposes to reduced quality of life and incremental use of health care services and medicines: A prospective nationwide study. United European Gastroenterol J. 2018;6(4):567-75. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1177/2050640617751253
*A utilização desses produtos para fins de diagnóstico é de inteira responsabilidade do serviço de saúde que deverá atender aos requisitos contidos na RDC 786/2023 da ANVISA, Subseção I, Artigos 129 a 135.
Sobre a Thermo Fisher Scientific
A Thermo Fisher Scientific é líder mundial em servir a ciência, com uma receita anual superior a $40 bilhões. Nossa missão é permitir que nossos clientes tornem o mundo mais saudável, limpo e seguro. Sejam nossos clientes acelerando pesquisas em ciências da vida, resolvendo desafios analíticos complexos, aumentando a produtividade em seus laboratórios, melhorando a saúde do paciente através de diagnósticos ou o desenvolvimento e fabricação de terapias que mudam vidas, estamos aqui para apoiá-los. Nossa equipe global oferece uma combinação incomparável de tecnologias inovadoras, conveniência de compra e serviços farmacêuticos por meio de nossas marcas líderes de mercado, incluindo Thermo Scientific, Applied Biosystems, Invitrogen, Fisher Scientific, Unity Lab Services, Patheon e PPD.
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VERENA CARNEIRO CARVALHO DE SOUZA
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