O último boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz mostra um crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em estados das regiões Sul e Sudeste, além da Bahia. Já em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo houve uma interrupção no crescimento. Os dados são da análise referente à Semana Epidemiológica (SE) 45, de 5 a 11 de novembro.
Em nível nacional, o cenário é de estabilidade, por causa da variação entre os estados. Nove das 27 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento nas últimas seis semanas até o início de novembro: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O estado do Rio de Janeiro registrou uma interrupção precoce da queda de casos associados à Covid-19, e o Espírito Santo registrou aumento.
O pesquisador Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, comenta sobre a incidência nas últimas semanas e diz que o que vemos é um cenário típico de problemas de infecções respiratórias.
“Tem uma incidência bastante expressiva nos dois extremos de faixas etárias analisadas: crianças pequenas e população de idade avançada. Nas crianças a gente tem uma série de vírus associados a essas internações e na população de idade avançada aí é fundamentalmente o Sars-CoV-2 (Covid-19)”, observa.
Cuidados
Para a infectologista Joana D’arc Gonçalves, a intensidade da onda de casos positivos da doença depende do comportamento da população. Ela alerta que as medidas de prevenção devem ser mantidas.
“A primeira delas é a vacina. A gente sabe que somente em torno de 16,7% da população brasileira fez a vacina com a bivalente. Outro quesito é o uso de máscara. Então, avalie o seu risco e utilize a máscara em alguns ambientes: ambientes de pouca ventilação, ambientes onde tem muitas pessoas, como transporte público, hospitais, elevadores”.
A recomendação do Ministério da Saúde é que pessoas com sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas).
Em 2023, foram registradas 9.813 mortes pela doença no país.