Por Luiza Dias, Diretora Presidente da GlobalSign Brasil
Frente às nossas rotinas corridas, cada dia é uma nova chance de refletir sobre bem-estar e qualidade de vida. No entanto, o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 07 de abril, vai além: é um momento oportuno para dar ênfase não só aos riscos de ataques do coração, mas também aos riscos de ataques cibernéticos. Em um cenário cada vez mais digital, proteger dados sensíveis e garantir a integridade das informações tornou-se fundamental para assegurar a confiança, qualidade e continuidade dos serviços de saúde. Portanto, não podemos deixar de mencionar como a cibersegurança é necessária, como ela está acompanhando o desenvolvimento do setor e, mais ainda, impactando direta ou indiretamente o nosso dia a dia.
Um estudo elaborado pela Kaspersky apontou que, em 2024, o setor de saúde no Brasil sofreu um aumento significativo de 146% no número de tentativas de ataques por ransomware, alcançando o terceiro lugar no ranking dos mercados mais visados por cibercriminosos no país. Esclarecendo brevemente, ransomwares possuem um alto nível de sofisticação na exploração de vulnerabilidades de rede e têm como principal objetivo invadir sistemas e criptografar dados, visando uma possível exigência de pagamento para devolução das informações roubadas. Para se proteger, empresas precisam investir em estratégias de segurança digital eficientes que resguardem a privacidade dos dados de fornecedores, colaboradores e, é claro, dos pacientes.
Além de ser um setor altamente regulamentado em todo o mundo, a Saúde vem passando por atualizações, dada a evolução tecnológica que observamos diariamente. Isso significa que, além de adaptar e aprimorar técnicas médicas ao uso de tecnologias como a 5G, por exemplo, a Saúde também tem investido na digitalização de processos e demandas. Para ilustrar, temos a recente resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estabelece novas regras para notificações de inadimplência em planos de saúde. Vamos entender melhor.
A partir da nova resolução, as operadoras de planos de saúde estão autorizadas a enviar notificações por diversos meios digitais, como e-mails e mensagens de texto via SMS ou aplicativos de mensagens com criptografia de ponta a ponta. Embora essas medidas facilitem a comunicação, é importante ressaltar que também acabam abrindo brechas para tentativas de fraude, que se aproveitam do ambiente digital para enganar beneficiários. Diante disso, como impedir que hackers interceptem mensagens e pratiquem golpes voltados para esse nicho?
Soluções digitais
Uma das modalidades mais conhecidas e praticadas por cibercriminosos são os ataques por phishing. Nessa situação, os golpistas enviam e-mails, SMS ou links falsos que imitam correspondências legítimas de empresas com o intuito de enganar as vítimas para que revelem informações como senhas, dados bancários e números de cartões de crédito. Vale ressaltar que, com o uso da Inteligência Artificial, as páginas falsas e links fraudulentos estão cada vez mais sofisticados, o que aumenta as chances de o golpe ter sucesso. Felizmente, existem ferramentas que podem auxiliar na prevenção do phishing.
Soluções como o S/MIME (Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions) são altamente eficientes para assegurar a veracidade das comunicações. Em linhas gerais, o S/MIME permite a criptografia e a assinatura digital de e-mails, atuando para avisar ao remetente e ao destinatário com um alerta, caso a mensagem tenha sido interceptada e adulterada. Além disso, a assinatura digital garante a autenticidade do remetente, permitindo que os beneficiários verifiquem a legitimidade das notificações recebidas, mitigando riscos de golpes e fraudes.
O S/MIME também pode ser combinado a outros mecanismos para ampliar a sua eficácia, tais como filtros de e-mail avançados e a Autenticação Multifator (MFA). Tudo isso, somado às melhores práticas em segurança digital, ajudará empresas e consumidores finais a não cair em armadilhas cibernéticas e fortalecerá a confiança entre operadoras e beneficiários. Em um cenário onde a digitalização é cada vez mais presente, adotar medidas que garantam a integridade e a confidencialidade das informações se torna um passo fundamental para a construção de um ambiente digital mais seguro e saudável.
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LUDMILA LOBO DE SA VIANEZ DA SILVEIRA
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