O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no mundo, sendo causado pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele. Em países tropicais como o Brasil, é importante reforçar a importância sobre a prevenção desse tipo de câncer que pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, mas é mais comum em determinados grupos a fatores de risco como à exposição acumulada à radiação ultravioleta (UV). No Brasil, o câncer de pele não melanoma é o mais incidente, com cerca de 220 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025, sendo que a maior parte deve ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o INCA.
Porém, o que muitos não sabem, é que a utilização de câmaras de bronzeamento artificial também é um fator de risco para o câncer de pele. A Organização Mundial da Saúde – OMS classifica as câmaras de bronzeamento como carcinogênicas, na mesma categoria que a exposição ao tabaco e ao amianto. Além disso, muitos países têm regulamentações rigorosas e proibição do uso de câmaras de bronzeamento para fins estéticos devido aos riscos associados.
A Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, um braço da Organização Mundial da Saúde para a pesquisa na área oncológica, apresentou um estudo que aponta um aumento no risco de câncer de pele em cerca de 75% quando as pessoas fazem uso de câmaras de bronzeamento artificial antes dos 30 anos.
O dermatologista Thiago Augusto Ferrari, do COP – Centro de Oncologia do Paraná, explica que o bronzeamento artificial é considerado um fator de risco significativo para o desenvolvimento de câncer de pele, incluindo o melanoma, que é o tipo mais grave. “Isso ocorre porque em geral os aparelhos de bronzeamento emitem radiação ultravioleta (UV), tanto do tipo UVA quanto UVB, que podem causar danos ao DNA das células da pele, levando ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento de câncer.”
É importante lembrar que, no último dia 3 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa reforçou, em nota divulgada, que as câmaras de bronzeamento são proibidas em todo o Brasil desde 2009. A proibição da Anvisa conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do INCA.
“As pessoas devem ficar alertas e evitar esse procedimento para o bronzeamento. Além disso, como medida de proteção, é importante utilizar o protetor solar diariamente, sempre lembrando de reaplicar a cada 2 a 3 horas. Outra sugestão é aderir ao uso de roupas e acessórios, como chapéus ou bonés, com proteção UV. Vale destacar a importância de se realizar autoexames regulares na pele e consultar um dermatologista anualmente ou antes se necessário. Ficar em alerta quanto a feridas que não cicatrizam, pintas que estão crescendo, mudando o aspecto ou quando associadas a dor, coceira e descamação, por exemplo”, destaca Dr. Ferrari.
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Heverson Bayer
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