O envelhecimento da população é uma das preocupações demográficas em diversas regiões do Brasil. De acordo com dados do Censo de 2022 do IBGE, Minas Gerais apresenta o terceiro maior índice de envelhecimento do país, com 17,8% tendo 60 anos ou mais, e uma projeção para que esse valor atinha 24,9% até 2040. Entre os impactos dessa tendência, está o crescimento de doenças crônicas associadas ao envelhecimento, como as neurodegenerativas.
O Relatório Nacional sobre a Demência, divulgado em setembro de 2024, estima que cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais convive com alguma forma de doença neurodegenerativa. Um dos grandes desafios do tratamento dessas doenças é a falta de diagnósticos. O relatório destaca o Estudo Pietá, realizado em Caeté (MG), que demonstrou uma taxa de 77,8% no número de subdiagnóstico entre os participantes com Alzheimer. No Brasil, a campanha Fevereiro Roxo tem o objetivo de atentar para a conscientização e combate de algumas doenças, entre elas a Doença de Alzheimer, enfatizando a importância do diagnóstico correto e precoce.
Para ajudar a reverter os dados de diagnósticos, a medicina vem vivenciando avanços significativos na detecção precoce do Alzheimer. Segundo Pedro Henrique Furst Leite, médico nuclear e coordenador do setor de Medicina Nuclear e PET/CT do Hospital Orizonti, um exame que tem se destacado nesse campo é o PET/CT. “O PET/CT é um exame que combina a tomografia por emissão de pósitrons (PET) com a tomografia computadorizada (CT). Essa associação fornece informações funcionais e estruturais detalhadas do cérebro, permitindo identificar alterações até mesmo antes da exacerbação dos sintomas clínicos”, explica o especialista.
O PET/CT utiliza radiofármacos que, no caso das doenças neurodegenerativas, podem avaliar tanto o padrão do metabolismo cerebral quanto a presença de proteínas específicas encontradas no cérebro de pacientes com demência, entre elas, a demência de Alzheimer. Dessa forma, o exame possibilita um diagnóstico mais preciso e precoce.
“O PET/CT tem sido uma ferramenta fundamental na detecção do Alzheimer, especialmente para indivíduos jovens que apresentam comprometimento cognitivo leve ou para indivíduos com diagnóstico incerto, auxiliando na diferenciação com outros tipos de demência”, complementa o médico.
“Com esses exames, conseguimos identificar os indivíduos com quadros iniciais e direcionar o tratamento adequado o quanto antes, retardando a progressão da doença e melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza o coordenador do setor de Medicina Nuclear e PET/CT do Hospital Orizonti.
A médica geriatra e coordenadora de Geriatria do Hospital Orizonti, Juliana Elias Duarte, também destaca o impacto do PET/CT nos cuidados com o envelhecimento. “A detecção precoce permite a implementação de intervenções terapêuticas e estratégias de cuidado mais eficazes. Isso inclui o acompanhamento de mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável, prática regular de exercícios físicos e atividades que estimulem a cognição, além do acompanhamento da evolução da doença, oferecendo aos pacientes e seus familiares a oportunidade de um tratamento mais assertivo e uma melhor qualidade de vida durante o envelhecimento”, conclui a especialista.
Referência em atendimento e cuidados com a saúde na região de Belo Horizonte, o Hospital Orizonti tem incorporado o PET/CT como parte dos cuidados no envelhecimento e saúde neurológica.
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PEDRO RODRIGUES RAMOS
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