A cannabis medicinal, por um lado, melhora a qualidade de vários tratamentos; e, por outro, carrega ainda um imenso preconceito da sociedade. Trata-se de uma abordagem terapêutica composta por ativos como canabidiol (CBD) usada para fins medicinais em quase todo o planeta.
O fato é que o óleo da cannabis medicinal trata, com eficácia, vários problemas, como ansiedade, insônia, depressão, inflamações, doenças reumáticas, epilepsia, autismo, glaucoma, Alzheimer, Mal de Parkinson, esclerose múltipla, fibromialgia, endometriose e os efeitos causados pelo tratamento de aids e câncer, entre tantos outros.
O uso do fitoterápico ainda não é aceito por muita gente, até por parte da classe médica. A propagação de boas informações e o uso do óleo, porém, vêm crescendo. Em 2015 o Brasil tinha 700 pacientes importadores da cannabis medicinal. No ano passado o total chegou a mais de 400 mil.
Infelizmente não é demais dizer que estamos atrasados em aproximadamente 20 anos com relação a países como Canadá e Estados Unidos, cujas populações encaram o uso na medicina com naturalidade. Nos EUA a cannabis medicinal é até usada em suplemento alimentar.
Além da falta de informação e do preconceito o segmento enfrenta ainda o forte lobby dos laboratórios. Uma criança com epilepsia, por exemplo, precisa tomar mais de dez remédios alopáticos, que fazem parte do tratamento. Ao adotar a cannabis medicinal, precisará apenas de três, aproximadamente. Em alguns casos registramos uma redução de 60% do uso de alopáticos após o início do tratamento com cannabis medicinal.
É um desafio diário. A boa notícia é que algumas destas empresas já perceberam que o óleo veio para ficar e estão desenvolvendo produtos à base de cannabis.
O potencial deste mercado é enorme. A projeção para os próximos cinco anos é de que cerca de 2% da população vão utilizar a cannabis medicinal como uma terapia, índice que representa mais de quatro milhões de usuários recorrentes. A expectativa é promissora. Mas no Brasil esse mercado ainda nem está engatinhando, apesar de liderar o mercado na América do Sul.
É importante dizer que, para que um paciente possa usar a cannabis medicinal, basta ter a prescrição médica. O pedido é feito e o produto chega ao Brasil, não há complicação – apenas pode demorar um pouco.
Mas ainda é muito difícil encontrar um médico que prescreva o fitoterápico. O Brasil hoje tem 500 mil médicos e apenas 10 mil prescrevem. Isso por conta da falta de informação. O tema não é abordado nas faculdades. Temos um problema grave estrutural no país, desde a base médica, passando pela saúde pública e a privada.
O paciente está no centro de todo este segmento. A prioridade é olhá-lo em toda a sua jornada e, por ele, fazer um trabalho de “evangelização”. Ensinar o médico a prescrever o remédio e também levar a informação ao mercado. Os próprios pacientes, cada vez mais bem informados, exigem do médico o uso da cannabis medicinal. O médico que não se atualiza corre o risco de não oferecer qualidade de vida a quem está atendendo.
A cannabis medicinal mudou a minha vida. Sou empresária e especialista em novos negócios. Há alguns anos desenvolvi ansiedade e crise do pânico. Comecei o tratamento com a cannabis medicinal e nunca mais tive uma crise. O conhecimento do produto melhorou não apenas a minha vida pessoal e minha saúde. Transformou a minha carreira, já que sou CEO e cofundadora da Medra Brasil.
O que aconteceu comigo quero ver na vida de todos os pacientes.
Amanda Sá é CEO e cofundadora da Medra Brasil
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NEIDE LIMA MARTINGO PEREIRA
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