No domingo (26) foi celebrado o Dia Mundial de Enfrentamento da Hanseníase. A data tem entre seus objetivos aumentar a detecção precoce de casos e ampliar a divulgação dos sinais e sintomas para a população. Embora tenha cura, a doença, causada por uma bactéria (bacilo de Hansen), pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio. Por isso, na capital, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), conta com ações permanentes de atuação por meio do Programa Municipal de Controle da Hanseníase.
“Nós temos um recado importante, a hanseníase parece uma doença que ainda está esquecida, mas ela existe e é de fundamental importância que todas as pessoas fiquem atentas aos sinais e sintomas da doença. Aqui na cidade de São Paulo nosso controle é muito específico e estamos em uma meta de menos de um caso por cem mil habitantes há mais de 10 anos, ou seja, a doença está sob controle. Mantemos as nossas redes de vigilância e assistência em dia, com as portas abertas para os casos suspeitos”, explicou o Coordenador do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Carlos Tadeu Maraston Ferreira.
O profissional orienta que todas as pessoas que apresentarem sinais ou sintoma da doença, deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) para passar por uma consulta médica, realizar testes e, depois, se necessário, ser encaminhada para uma das 31 unidades de referência de hanseníase que temos espalhadas por todo o município.
Foi durante uma ida à UBS Jardim Edith, que o engenheiro Francisco Agnaldo Damasceno, 51 anos, elogiou a realização da campanha Janeiro Roxo. “Acho importante a campanha porque está conscientizando a população, de uma forma correta e uma fonte confiável. A palavra hanseníase é até difícil de pronunciar. Mas com a campanha você associa uma cor à uma doença e, assim, facilita o raciocínio da pessoa”.
Janeiro Roxo
A campanha Janeiro Roxo foi oficializada em 2016 pelo Ministério da Saúde. O objetivo principal da campanha é reforçar a importância do diagnóstico precoce, promovendo a sensibilização dos profissionais de saúde e da população sobre os sinais e sintomas da hanseníase, para aumentar a detecção precoce de casos.
Durante o mês de janeiro, a SMS realizou diversas ações de sensibilização sobre a hanseníase. Com a participação das unidades de saúde e parceiros, mais de 1.600 atividades foram realizadas por toda a cidade para alertar e conscientizar sobre a doença. Nas UBS do município, foram distribuídos panfletos com diversas informações relacionadas ao combate à doença.
Entre os dias 17 e 24 de janeiro, a capital intensificou ainda mais as ações de conscientização como a realização da “Semana H”. Em todas as regiões da cidade ocorreram ações de busca ativa e eventos em locais públicos de grande circulação, como praças, parques, estações de metrô e terminais de ônibus, para divulgar e informar os sinais e sintomas da doença.
Sobre a hanseníase
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos da doença, por isso, a campanha se faz fundamental.
Se não tratada precocemente, a hanseníase pode causar incapacidades físicas. A doença é transmitida por meio de secreções das vias respiratórias e contato prolongado com pessoas não tratadas. Os principais sinais incluem manchas dormentes esbranquiçadas ou avermelhadas no corpo, perda de sensibilidade, formigamento nas extremidades e diminuição de força muscular.
A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível nos serviços de saúde da rede municipal por meio de medicamentos orais e não exige internação.
Mais informações sobre a doença em: https://capital.sp.gov.br/web/saude/w/vigilancia_em_saude/janeiro-roxo-2025.