Na última quarta-feira (4), o Ministério da Saúde (MS) recebeu a primeira entrega de 3 milhões de doses (de um total de 57 milhões) da vacina contra o vírus Sars-Cov-2, imunizante contra a Covid-19, sendo uma tecnologia mais tradicional, que não utiliza o método m-RNA, produzido pela maior fabricante de vacinas no mundo, a indiana Serum Institute of India, representada pela Zalika Farmacêutica. A tecnologia de produção do imunobiológico utilizada pela potência global de vacinas, que é a Serum, foi desenvolvida nos Estados Unidos pela empresa norte-americana Novavax.
A entrega das vacinas foi realizada de forma extremamente ágil, em apenas 14 dias após a assinatura do contrato com o MS. Vale frisar que a Covid-19 continua sendo uma preocupação global e, em particular, uma necessidade urgente no Brasil. Dessa maneira, a chegada do imunizante ocorre em um momento crítico, no qual diversos estados brasileiros, e especialmente os municípios mais distantes das capitais, enfrentam desabastecimento da vacina.
A nova opção de prevenção contra a doença possui como base tecnológica uma proteína subunitária, focada em oferecer proteção eficaz contra o vírus Sars-Cov-2, podendo ser administrada, inclusive como dose de reforço, independente da vacina que tenha sido aplicada anteriormente.
A Serum é a principal autoridade no assunto quando se refere em número de doses fabricadas (mais de 1.5 bilhão anuais), tendo 58 anos de experiência no fornecimento de imunobiológicos em mais de 170 países (incluindo o próprio governo indiano) e organismos multilaterais relevantes. Atualmente é a fabricante com o maior número de vacinas pré-qualificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além de também ser classificada como uma das principais empresas de biotecnologia da Índia na fabricação de produtos biológicos altamente especializados que salvam vidas, com ênfase em vacinas, antissoros e outras especialidades médicas.
Cadeia logística e parceria
Uma enorme vantagem desta vacina é a possibilidade de ser acondicionada sob temperatura de armazenamento de 2-8 graus Celsius — uma característica ímpar desta tecnologia, já que não exige temperaturas extremamente negativas, diferentemente de outros imunizantes disponíveis no mercado internacional, que requerem acondicionamento em temperaturas muito abaixo de zero, o que resulta em uma logística complexa e significativamente mais onerosa.
O produto poderá ser rapidamente distribuído pelo MS e reduzir drasticamente os custos de transporte e logística. Além disso, poderá alcançar áreas remotas do país, onde o acesso à vacinação contra o coronavírus é limitado. Isso contribuirá para minimizar o desperdício da vacina, tanto em termos qualitativos quanto quantitativos, resolvendo um grave problema técnico relacionado à estabilidade e efetividade do produto. Em última instância, isso evitará o incontável desperdício de um medicamento tão valioso.
A parceria entre o MS e a Serum estabelece um marco extremamente importante voltado à saúde pública brasileira, a qual passa a contar com o apoio técnico e estrutural de uma das empresas expressivas no segmento de pesquisa e desenvolvimento de vacinas no cenário internacional frente a um produto de comprovada segurança já consumido em nível mundial.
Mais entregas
Após a entrega dessas remessas iniciais ao MS, a Serum confirma a imediata disponibilidade de entrega de quantidade significativa de doses, tão logo o governo brasileiro faça um novo pedido. Essa prontidão reforça o compromisso da empresa em fornecer vacinas de forma contínua e eficiente, e atender e abastecer às demandas estabelecidas no edital e aos compromissos firmados, principalmente para o Brasil, que é o quinto maior mercado de saúde do mundo.
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MARIA ELISABETE DE FARIA NICASTRO
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