Mais de 170 mil pessoas morreram em 2023 nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) por causa das doenças respiratórias – número superior às mortes por acidentes, atos violentos, doenças cardiovasculares e câncer1. Desde a pandemia da covid-19, os cuidados com as doenças do trato respiratório vêm chamando a atenção dos profissionais de saúde, que têm lidado agora com as enfermidades causadas pelo aumento da poluição resultado das mudanças climáticas e pelo uso de cigarros eletrônicos. Neste contexto, a Hospitalar, o mais importante evento de saúde e a principal plataforma de geração de negócios e networking do setor na América Latina, promoverá em 23 de maio o 1º Simpósio de Cuidados Respiratórios, em São Paulo. Acesse https://www.hospitalar.com/pt/conteudos1/simposiocuidadosresp.html e faça a sua inscrição.
Ao contrário de eventos do gênero, o simpósio não será restrito a pneumologistas. “Vamos reunir também especialistas de outras áreas que trabalham com doenças respiratórias como clínicos gerais, geriatras, intensivistas, fisioterapeutas respiratórios, enfermeiros e gestores do serviço público e privado”, afirma a médica Fernanda Miranda de Oliveira, presidente da Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia (SGPT) e uma das coordenadoras do simpósio ao lado do fisioterapeuta Erikson Custódio Alcântara, coordenador do Departamento de Fisioterapia Respiratória da SGPT.
A 30ª Hospitalar será realizada de 20 a 23 de maio, no São Paulo Expo, trazendo novidades e tendências do setor, além de promover o debate sobre temas atuais da cadeia de saúde. Serão oito congressos, incluindo o 1º Simpósio de Cuidados Respiratórios, além de três arenas e eventos realizados por entidades parceiras. Em um espaço expositivo de 100 mil m2, cerca de 1.200 marcas expositoras de cerca de 27 países apresentarão produtos e serviços.
Doenças respiratórias
As doenças respiratórias são um importante problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)2, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a quarta causa de morte no mundo. Trata-se do estreitamento persistente das vias aéreas, dificultando a respiração. O tabagismo é a principal causa da DPOC. Nos casos graves, o paciente precisa tomar medicamentos, usar oxigênio e fazer reabilitação pulmonar. Um estudo brasileiro3 indica que a DPOC ocorre de forma frequente no País, superando as estimativas da população latino-americana e mundial.
Além do cigarro comum, que provoca DPOC, o Brasil agora está enfrentando as doenças causadas pelos cigarros eletrônicos, cujos vapores contêm uma série de substâncias químicas prejudiciais à saúde. “Temos recebido em nossos hospitais muitos jovens, com menos de 20 anos, com pneumonia química”, revela Erikson Custódio Alcântara.
O aumento da poluição resultado das mudanças climáticas também vem preocupando os especialistas. O calor intenso e a estiagem prolongada têm alimentado incêndios florestais e queimadas, piorando a qualidade do ar. Segundo a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, em inglês)4, a poluição responde por 14% dos casos de câncer nos pulmões. Um estudo apontou que as queimadas no Brasil foram associadas ao aumento de 23% nas internações por doenças respiratórias no Brasil, como bronquite, pneumonia e asma entre 2008 e 2018.
Um evento de excelência
O 1º Simpósio de Cuidados Respiratórios da Hospitalar será composto por quatro módulos, que abordarão métodos diagnósticos nas doenças respiratórias, exercícios físicos e oxigenoterapia domiciliar, ventilação mecânica e estações práticas de cuidados respiratórios. Eles contarão com profissionais de instituições de renome como Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês, Santa Casa de Goiânia e Sociedade Paulista de Terapia Intensiva (Sopati).
O módulo inicial será dedicado aos métodos diagnósticos nas doenças respiratórias como a espirometria e os exames imagem (tomografia de tórax e ultrassom torácica) e a polissonografia (exame que identifica doenças como a apneia do sono).
A médica Fernanda Miranda Oliveira destaca a ultrassonografia à beira do leito, ou Point-of-Care testing (POCT), que permite a realização do exame no local do atendimento. “É uma ferramenta muito pouco utilizada mesmo nos consultórios dos pneumologistas. “Durante a consulta, o ultrassom torácico pode ajudar o médico a realizar o diagnóstico”, declara.
Os exercícios físicos e a oxigenoterapia domiciliar serão o foco do segundo módulo. O tema é relevante à medida que o paciente com DPOC precisa realizar atividade física, apesar da falta de ar. O problema é que existem poucos centros no Brasil com uma estrutura a realização de um programa completo de reabilitação pulmonar.
Diante desta realidade, a programação será dedicada a ensinar maneiras práticas de reabilitação do paciente mesmo sem estrutura completa, prescrição da oxigenoterapia para uso domiciliar e realização de testes, no consultório, para mensurar a tolerância do paciente à oxigenação enquanto se exercita. “Em lugar de prescrever a espirometria, que é um exame caro, o médico pode avaliar a capacidade respiratória da pessoa no consultório, pedindo para que suba um degrau ou uma escada e ande pelo corredor”, explica a médica.
O terceiro módulo vai mostrar aspectos práticos da ventilação mecânica. A médica Carmen Sílvia Valente Barbas (FMUSP e Hospital Israelita Albert Einstein) vai avaliar de maneira crítica as novas recomendações brasileiras de ventilação mecânica. Já a médica Roberta Fittipaldi Palazzo (Hospital Israelita Albert Einstein) e o fisioterapeuta Erikson Custódio Alcântara (Santa Casa de Misericórdia de Goiânia) vão falar sobre as controvérsias dos sistemas de umidificação das vias aéreas. “Também iremos ensinar os critérios usados para fortalecer a premissa de quando o paciente pode sair da ventilação mecânica”, observa a médica Fernanda Miranda.
A programação terminará com a realização de estações práticas. Após uma mesa-redonda, os participantes serão divididos em grupos de 15 pessoas para aprender o manuseio inicial da ventilação mecânica invasiva, o manejo dos dispositivos inalatórios na ventilação mecânica, a interpretação da gasometria arterial e a transição da Unidade de Terapia Intensiva (U)TI para a enfermaria e domicílio.
Referências
Mortalidade Datasus.
Organização Mundial da Saúde. Disponível em https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/chronic-obstructive-pulmonary-disease-(copd)
Marina Malheiro Cruz et al. Epidemiology of Chronic Obstructive Pulmonary Disease in Brazil: a systematic review and meta-analysis.Ciência e Saúde Coletiva 25 (11), 2020.
Eric Bernicker et al. Climate Change and Cancer Care: A Policy Statement From ASCO.JCO Oncol Pract 20:178-186, 2023, American Society of Clinical Oncology.
Weeberb J. Requia et al.Health impacts of wildfire-related air pollution in Brazil: a nationwide study of more than 2 million hospital admissions between 2008 and 2018.Nature Communications volume 12, Article number: 6555, 2021.
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Serviço Hospitalar 2025
Data: 20 a 23 de maio, das 11h às 20h
Local: São Paulo Expo (1,5, Rod. dos Imigrantes – Vila Água Funda, São Paulo, Brasil)
Programação: https://www.hospitalar.com/pt/home.html
Inscrição: https://www.hospitalar.com/pt/quero-visitar/ingressos25.html
Imprensa: https://inscricaodeeventos.com.br/informa/hospitalar/2025/imprensa/index.php
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INAHIA OLIVEIRA CASTRO
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