No Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado neste 28 de abril, um dado chama atenção: braços e mãos foram as partes do corpo mais atingidas em acidentes de trabalho em 2024. De acordo com o Observatório de Segurança do Trabalho — iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) —, foram registrados 197.609 casos envolvendo essas regiões, o equivalente a 40% de todos os acidentes notificados entre trabalhadores com vínculo formal de emprego no último ano.
Em 90,3% dos casos, ocorreu amputação (2.468 registros). Cortes, lacerações e feridas abertas representam 72,5% (61.014); fraturas, 45,8% (36.926) e contusões e esmagamentos, 37,4% (18.576).
Outro destaque é a fratura ao nível do punho e da mão, com 21.245 registros de afastamento do trabalho em 2024, que representam 12,2% do total de acidentes no ano passado.
As mãos são as principais ferramentas na execução de tarefas do dia a dia, logo, costumam ser as mais impactadas. Alguns setores estão mais vulneráveis a acidentes envolvendo esses membros. Um deles é o segmento da construção civil, em razão do manuseio constante de ferramentas, equipamentos cortantes e materiais pesados. “Nessa área, a presença de trabalhadores informais é um grande desafio quando se fala em segurança e prevenção de acidentes. Sem registro formal, muitos desses profissionais não recebem treinamentos adequados, não têm acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de qualidade e, muitas vezes, trabalham em condições precárias”, pontua o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Rui Barros.
Indústrias metalúrgicas, automobilísticas e frigoríficos também registram alto índice de acidentes envolvendo as mãos. “A falta de treinamento, a pressa na execução das tarefas e a exposição a máquinas sem proteção adequada são fatores que aumentam significativamente o risco de lesões”, diz o especialista.
Outro grupo que merece atenção são os profissionais da saúde, que enfrentam riscos diários de lesões nas mãos devido à manipulação de instrumentos cirúrgicos, agulhas e contato frequente com materiais cortantes. Inclusive, de acordo com o Observatório, o setor econômico com mais notificações de acidentes de trabalho em 2024, envolve atividades de atendimento hospitalar (43.644 casos).
As lesões nas mãos causadas por acidentes de trabalho, que podem incluir, ainda, amputações esmagamentos e queimaduras químicas ou térmicas, podem levar a sequelas permanentes, comprometendo a funcionalidade da mão e impactando diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores.
“O impacto desses acidentes vai além do indivíduo afetado, refletindo também na saúde pública e na economia do país. O afastamento prolongado de trabalhadores gera um aumento nos custos previdenciários e sobrecarga no sistema de saúde, com a necessidade de cirurgias, reabilitação e acompanhamento prolongado para tratamento. Além disso, empresas enfrentam redução da produtividade, custos com substituição de mão de obra e indenizações trabalhistas”, lista o presidente da SBCM.
O cirurgião ressalta a necessidade de ampliar o debate sobre segurança e prevenção, garantindo melhores condições de trabalho e maior fiscalização, principalmente em setores de alto risco. “A conscientização sobre o uso correto de EPIs, aliada a treinamentos contínuos, pode prevenir milhares de acidentes e preservar a saúde e a produtividade da mão de obra”, conclui.
Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão
A SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão), fundada em 1959, congrega médicos especialistas em Cirurgia da Mão e Reconstrutiva do Membro Superior. A instituição coordena e regulamenta a formação de profissionais, além de fornecer condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa, educação continuada, desenvolvimento cultural e defesa profissional. Mais informações em Link
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