A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, que pode aumentar o risco de o indivíduo desenvolver câncer no fígado. Mas, atenção, isso não significa que toda pessoa com gordura no fígado terá câncer.
A esteatose hepática pode ser dividida em dois tipos principais: a alcoólica, provocada pelo consumo excessivo de álcool, e a não alcoólica (EHNA). “A preocupação é quando a esteatose evolui para a esteato-hepatite não alcoólica (NASH), um tipo de inflamação que pode levar à fibrose, cirrose e, eventualmente, ao carcinoma hepatocelular, o câncer de fígado”, explica o cirurgião oncológico e especialista em tumores gastrointestinais Marciano Anghinoni, do COP – Centro de Oncologia do Paraná.
A gordura no fígado é comum em homens, geralmente com risco maior até os 50 anos, devido à tendência de obesidade visceral e resistência à insulina, e em mulheres após a menopausa, que têm o risco aumentado em função da queda do estrogênio, uma vez que a redução desse hormônio favorece o acúmulo de gordura no fígado. A prevalência varia de acordo com a idade e fatores de risco como obesidade, diabetes tipo 2, resistência à insulina, consumo excessivo de álcool e hepatite viral do tipo B ou C.
A esteatose hepática pode ser detectada mediante exames de ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, além dos de sangue, que avaliam enzimas hepáticas (TGO, TGP) e marcadores como GGT.
Sintomas e tratamento
Alguns dos sintomas apresentados incluem cansaço excessivo e dor abdominal, porém a condição frequentemente é assintomática, sendo identificada durante exames de rotina. Por isso o diagnóstico precoce é fundamental.
Para reduzir o risco de desenvolver esteatose hepática, aconselha Dr. Marciano Anghinoni, o indivíduo precisa perder peso de forma saudável, melhorar a alimentação (evitando açúcar e gordura saturada), praticar atividades físicas regularmente e controlar diabetes e colesterol.
Mudanças no estilo de vida podem reverter a gordura no fígado. Portanto, recomenda-se a manutenção de hábitos mais saudáveis, tais como:
. Alimentação: evitar açúcar, frituras e ultraprocessados e aumentar consumo de fibras, vegetais, proteínas magras e gorduras boas, como abacate, azeite e peixes;
. Atividade física: exercícios aeróbicos como caminhada, corrida e bicicleta ajudam a reduzir a gordura hepática. 30 minutos por dia podem fazer a diferença na prevenção;
. Controle de peso: a perda de 5% a 10% do peso corporal pode reduzir a gordura no fígado;
. Bebidas: evitar o consumo excessivo de álcool;
. Hidratação: ingerir bastante água ajuda na desintoxicação e no bom funcionamento do fígado.
É igualmente importante fazer o controle de doenças associadas, como diabetes e resistência à insulina, que devem ser controladas para evitar o acúmulo de gordura no fígado, além do controle do colesterol e triglicerídeos.
Se você tiver um diagnóstico de esteatose hepática, procure realizar consultas regularmente para monitorar a evolução e evitar complicações como cirrose e câncer.
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Heverson Bayer
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