Neste mês da mulher, o ortopedista Isaías Chaves, especialista em joelho e quadril, explica as razões pelas quais as mulheres são mais propensas a precisar de cirurgias nessas articulações. De acordo com o médico, “as diferenças anatômicas e hormonais entre homens e mulheres, além das atividades físicas mais intensas em que elas estão cada vez mais envolvidas, são fatores determinantes para a maior incidência de lesões no joelho e quadril, o que pode levar, em muitos casos, a cirurgias como a artroplastia de quadril ou a reconstrução do ligamento cruzado anterior”, ressalta.
Embora o envelhecimento da população seja um dos fatores que contribui para o aumento das cirurgias de quadril e joelho, os estudos apontam que as mulheres, devido a estrutura óssea, muscular e características hormonais, estão mais vulneráveis a esses problemas. “A maioria das mulheres tem uma angulação dos membros inferiores que favorecer a que sobrecarrega ou movimento inadequada das articulações dos joelhos e quadril. Além disso, o estrogênio entre outros hormonios femininos, podem alterar a elasticidade dos ligamentos, tornando essas articulações mais propensas a lesões, especialmente quando há flutuação hormonal, como ocorre durante a menstruação”, explica o ortopedista Isaías Chaves.
Além das questões anatômicas e hormonais, a crescente participação feminina em esportes de alto impacto, como futebol e basquete, tem levado muitas mulheres a se exporem a traumas que podem resultar em lesões sérias. No caso do quadril, a artroplastia tem se tornado uma alternativa para aqueles com artrose grave ou fraturas, condições frequentemente associadas à osteoporose, que atinge mais mulheres, especialmente após a menopausa. “A osteoporose enfraquece os ossos e aumenta o risco de fraturas, como as do colo do fêmur, que são uma das principais causas da artroplastia de quadril”, acrescenta o ortopedista.
Dicas para prevenir lesões:
Fortalecimento muscular: Manter os músculos ao redor das articulações fortes ajuda a absorver o impacto e diminui a sobrecarga nas articulações. Exercícios como musculação e pilates são ideais para esse objetivo.
Manter um peso saudável: O excesso de peso coloca pressão adicional sobre as articulações, especialmente o quadril e o joelho. Uma dieta balanceada, rica em proteinas, frutas e vegetais, pode ajudar a controlar o peso e reduzir o risco de lesões.
Praticar atividades físicas: Natação e ciclismo são exercícios de baixo impacto que ajudam a manter as articulações móveis e fortes, sem sobrecarregá-las.
Alongamento: O alongamento é fundamental para melhorar a flexibilidade e prevenir lesões. Incorporar alongamentos e treinos de mobilidade articular na rotina diária pode melhorar a funcionalidade das articulações e prevenir rigidez.
Cálcio e vitamina D: Esses nutrientes são essenciais para a saúde óssea. O cálcio pode ser encontrado em alimentos como leite, queijos e vegetais de folhas verdes, enquanto a vitamina D é sintetizada pelo corpo com a exposição ao sol e também está presente em peixes e ovos. Uma caminhada leve no início da manhã e ao final da tarde são excelentes formas de se melhorar a Vitamina D.
Consulta regular: Realizar check-ups regulares com um ortopedista pode ajudar a detectar problemas nas articulações antes que se tornem graves. Mulheres, especialmente após a menopausa, devem ficar atentas à saúde óssea, muscular e articular.
Cuidar das articulações desde cedo é essencial para evitar problemas futuros, principalmente em mulheres, que estão mais expostas a essas condições. O ortopedista Isaías Chaves alerta sobre, “Prevenir é sempre mais eficaz do que tratar, e manter as articulações saudáveis é fundamental para evitar complicações no futuro, principalmente para as mulheres.”
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SUENIA MICHELLE QUEIROZ DANTAS
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