Fevereiro Laranja é o mês dedicado à conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta a medula óssea e o sangue. A campanha visa alertar sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da doação de medula óssea. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre 2023 e 2025, mais de 11 mil novos casos da doença serão diagnosticados no Brasil. O médico hematologista cooperado da Unimed Goiânia, dr. Nelcivone Soares de Melo, esclarece os principais sintomas da leucemia, a relevância do diagnóstico precoce e a importância da doação de medula óssea para o tratamento dessa doença que afeta milhares de brasileiros anualmente.
“A leucemia é uma doença grave que interfere no sistema hematológico, comprometendo a produção de células sanguíneas saudáveis. Ela se origina nas células-tronco da medula óssea, que, ao se multiplicarem de forma anormal, geram leucócitos (células brancas do sangue) de maneira descontrolada, prejudicando a produção de glóbulos vermelhos e plaquetas”, esclarece.
Os sintomas da leucemia podem ser sutis, mas é fundamental estar atento a sinais como cansaço excessivo, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, gânglios linfáticos inchados (no pescoço, axilas e virilha), manchas vermelhas na pele, sangramentos e hematomas fáceis, febre, calafrios, infecções frequentes, suor noturno, dor nos ossos e articulações, e aumento do tamanho do baço. “Esses sintomas podem variar de acordo com o tipo de leucemia, mas a presença de vários deles deve levar o paciente a buscar avaliação médica imediatamente”, alerta dr. Nelcivone.
Embora a prevenção da leucemia seja desafiadora, já que a maioria dos casos não apresenta causas conhecidas, evitar fatores de risco como o tabagismo e a exposição a produtos químicos cancerígenos pode ajudar a reduzir o risco. O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue, biópsia da medula óssea e exames de imagem. “O diagnóstico precoce é crucial, pois permite iniciar o tratamento o mais rápido possível, aumentando as chances de cura e melhorando a qualidade de vida do paciente”, ressalta o especialista.
Os tratamentos para leucemia podem incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e terapias direcionadas, dependendo do tipo e estágio da doença. Dr. Nelcivone destaca que o plano de tratamento é personalizado para atender às necessidades de cada paciente, garantindo uma abordagem mais eficaz.
Doação de medula óssea
A doação de medula óssea é vital para os pacientes com leucemia, pois pode substituir a medula doente por células saudáveis. “O transplante envolve a coleta de células da medula óssea do doador e a infusão dessas células no paciente. Pacientes que aguardam uma doação enfrentam desafios como a necessidade de encontrar um doador compatível, o risco de complicações durante o transplante e o impacto emocional e psicológico do processo”, explica o médico hematologista.
Pacientes têm 25% de chance de encontrar um doador compatível entre irmãos, mas a maior parte não encontra um doador na família. Nesse cenário, a conscientização sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea é ainda mais relevante.
Como ser um doador de medula óssea?
Para se tornar um doador, é necessário atender a alguns requisitos: ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doenças infecciosas ou neoplásicas. O cadastro é realizado em unidades da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos – Rede Hemo, onde uma amostra de sangue é coletada para testes de compatibilidade.
A chance de encontrar uma medula compatível pode ser desafiadora, com uma em cada cem mil habitantes sendo compatível. Por isso, existe o Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, um banco que consulta doadores quando um paciente necessita de transplante. Se um doador compatível for encontrado, ele será convidado a realizar a doação.
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CAROLINA OLIVEIRA DE ASSIS
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