O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, entre 2023 e 2025, devem ocorrer anualmente 220.490 novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil, o equivalente a uma taxa de 101,95 casos por 100 mil habitantes. Destes, 101.920 casos devem atingir homens e 118.570 mulheres. Já o câncer de pele melanoma, mais raro e agressivo, tem previsão de 8.980 novos casos por ano no mesmo período, com 4.640 homens e 4.340 mulheres diagnosticados anualmente.
Dividido em duas categorias, o câncer de pele é o tipo mais incidente no Brasil. O melanoma, embora menos comum, é o mais grave, com maior potencial de provocar metástases e taxa de mortalidade elevada. Ele surge nas células produtoras de melanina, responsáveis pela pigmentação da pele, podendo se manifestar em áreas expostas ou não ao sol. Já o câncer de pele não melanoma, mais frequente, apresenta crescimento lento e maior chance de cura quando detectado precocemente.
De acordo com a dermatologista do Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista, Dra. Melanie Reginato, a exposição excessiva aos raios ultravioletas (UV) é a principal causa do câncer de pele, especialmente em pessoas de pele clara, olhos claros, histórico familiar da doença, idade avançada e exposição solar intensa ao longo da vida. “Alterações na pele, como mudanças em pintas ou sinais, no tamanho, forma ou cor de manchas, surgimento de novas lesões ou feridas que não cicatrizam, são sinais de alerta. Nessas situações, é fundamental procurar um dermatologista para avaliação e, se necessário, realizar uma biópsia para confirmação do diagnóstico”, orienta o médico.
O tratamento pode incluir cirurgia para remoção da lesão, radioterapia, crioterapia que utiliza baixa temperatura na lesão, terapia fotodinâmica com aplicação de um creme que reage quimicamente no local ou medicamentos imunoterápicos. A escolha do tratamento depende do estágio da doença. Quando detectada precocemente, a chance de sucesso no tratamento é de 90%.
A campanha Dezembro Laranja busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele. “Medidas como o uso de protetor solar diariamente, chapéus, roupas que protejam o corpo, óculos de sol com proteção UV e evitar exposição ao sol nos horários de maior intensidade (entre 10h e 16h) são fundamentais para reduzir os riscos. A detecção precoce aumenta as chances de cura, especialmente nos casos de melanoma, tornando essencial a adoção de hábitos de proteção solar e cuidados regulares com a saúde da pele.”, orienta o dermatologista.
Sobre o Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista
O Complexo Hospitalar Santa Casa de Bragança Paulista é um hospital filantrópico secundário de acolhimento e referência às baixas e médias complexidades, com atendimento à cidade de Bragança Paulista e a chamada “microrregião bragantina” da DRS- VII Campinas – SES SP.
Esta microrregião compreende as cidades de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro, Tuiuti e Vargem, com abrangência de 520 mil habitantes (IBGE 2022).
A unidade de saúde conta com mais de 1.350 colaboradores diretos e cerca de 350 médicos, além de diversos profissionais autônomos como fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A entidade conta, no momento, com 148 leitos, 66 deles destinados ao SUS.
Atendendo a demanda SUS, em 2023 foram realizados mais de 1 milhão de atendimentos nas diversas áreas do hospital, sendo 2.886 cirurgias, 933 partos e aproximadamente 1 milhão de atendimentos de urgência, emergência, ambulatorial, exames e terapias.
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VIVIANE SOARES BUCCI
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