A diverticulite é uma condição que afeta milhões de brasileiros. Atualmente, cerca de um terço dos adultos com mais de 45 anos apresentam o distúrbio e mais de 50% da população com mais de 80 anos também possui o problema, segundo informações do Hospital Sírio-Libanês (SP). Porém, ainda existe uma grande confusão sobre a gravidade e os cuidados necessários com tal doença.
O médico proctologista, Marcelo Werneck, explica que a diverticulite ocorre quando pequenos sacos (divertículos) se formam na parede do intestino e se inflamam ou infectam. “Essa inflamação pode causar dor abdominal intensa, febre e alteração dos hábitos intestinais. O que muitas pessoas não sabem é que a maioria dos casos podem ser tratados com sucesso, e sem cirurgia, especialmente quando diagnosticado precocemente”, revela.
Mitos comuns
Marcelo aproveita para citar alguns fatos e desvendar os principais boatos sobre o tema:
“Diverticulite é uma doença fatal.”
Na verdade, a maioria dos casos de diverticulite é leve e tratável com medicação. Casos mais graves podem requerer cirurgia, mas são raros.
“Somente pessoas idosas têm diverticulite.”
Embora a incidência aumente com a idade, jovens também podem desenvolver a condição, especialmente com hábitos alimentares inadequados.
“Comer sementes e grãos causa diverticulite.”
Estudos recentes sugerem que a dieta rica em fibras pode, na verdade, ajudar a prevenir a diverticulite.
Cuidados essenciais
Na hora de se cuidar, a rotina pautada em bons hábitos segue sendo o melhor caminho. “A adoção de uma dieta balanceada, rica em fibras, e a manutenção de um estilo de vida saudável são fundamentais na prevenção e manejo da diverticulite”, alerta Marcelo.
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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