Nos últimos anos, a Eletroestimulação Transcraniana tem se destacado como uma alternativa promissora às medicações tradicionais no tratamento de condições mentais e neurológicas. Segundo um estudo publicado na ScienceDirect, a taxa de resposta positiva para o tratamento ultrapassa os 70%, e este método inovador tem mostrado resultados significativos, especialmente em casos de ideação suicida e depressão crônica.
A Eletroestimulação Transcraniana é um tratamento não invasivo que envolve a aplicação de correntes elétricas, pulso magnético ou treino estimulado com eletrodos no cérebro, visando modular a atividade neural. “Diversos hoje são os equipamentos, dependendo de cada necessidade. O exame do Neurofeedback pode ver em escala real as áreas cerebrais e onde elas estão com funcionamento disfuncional. A partir disso, fazemos com que haja uma ativação naquela área do cérebro. O processo de tratamento ainda envolve mudanças de estilo de vida e o tratamento multidisciplinar com nutrólogo ou nutricionista, por exemplo”, resume o Dr. Alessandro Goulart, especialista em Eletroestimulação Transcraniana com bastante experiência na área.
O papel das medicações e a resistência ao tratamento
Com a crescente resistência aos psicofármacos, muitos pacientes não conseguem obter alívio dos sintomas. Goulart observa que atualmente muitas pessoas não respondem adequadamente a esses medicamentos, pois muitas demandas são também da ordem psíquica, ou seja, que não podem ser resolvidas apenas com fármacos. “Medicações podem acalmar a dor momentaneamente, mas não tratam a causa subjacente. E em alguns casos mascaram a real dor daquela pessoa”, destaca.
Em resposta a essa necessidade, a eletroestimulação transcraniana surge como uma alternativa promissora. Essa técnica não utiliza medicações e tem mostrado resultados positivos em até 70% dos casos, ao contrário dos psicofármacos, que apresentam baixa taxa de resposta favorável. Goulart ainda enfatiza a importância de uma abordagem integrada, que inclui mudanças no estilo de vida, além do suporte nutricional, bio, psíquico e social.
Sintomas que merecem atenção
Alessandro também alerta para alguns sinais importantes que devem ser considerados: ideação suicida, síndrome do pânico, depressão persistente e ansiedade crônica. “Pacientes com tais sintomas que não obtêm resultados com medicações tradicionais são candidatos ideais para a eletroestimulação. Essa terapia pode ser considerada antes de iniciar tratamentos com psicofármacos, oferecendo uma opção mais natural e menos invasiva”, acrescenta.
O tratamento e seus efeitos
O tratamento com eletroestimulação é acessível e para saber quantas sessões serão necessárias é preciso avaliar devidamente o caso, seguido de monitoramento contínuo em quadros mais graves. “Mesmo após a melhora, os pacientes devem continuar o acompanhamento terapêutico, garantindo um suporte efetivo em sua recuperação”, diz.
Fonte: Dr. Alessandro Goulart, Especialista em Eletroestimulação Transcraniana. / @cimpbh
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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