Setembro Amarelo é o mês marcado pela campanha, dedicada à conscientização sobre a prevenção do suicídio. Este é um momento crucial para refletirmos sobre a saúde mental, um tema que, apesar de muitas vezes negligenciado, é essencial para o bem-estar e a qualidade de vida de todos, especialmente entre os advogados.
De acordo com a psicóloga, Silvia Rezende, especialista em Terapia Comportamental-Cognitiva em saúde mental, a advocacia é uma carreira que exige muito de nós. Longas jornadas de trabalho, pressão constante por resultados e a responsabilidade de lidar com os problemas dos outros são fatores que podem impactar significativamente na saúde mental. “Estresse e ansiedade são comuns no nosso dia a dia, mas é importante estar atento quando esses sentimentos se tornam excessivos e começam a afetar nossa vida pessoal e profissional”.
A campanha nos lembra da importância de cuidar de nossa mente com a mesma dedicação que cuidamos de nossos clientes. “Buscar equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, praticar atividades que proporcionem prazer e bem-estar, e, principalmente, não hesitar em procurar ajuda quando necessário, são passos essenciais para manter nossa saúde mental em dia”, reflete Silvia.
A psicóloga considera ainda que, “muitas vezes, sentimos que devemos ser fortes o tempo todo, que não podemos demonstrar fraqueza ou vulnerabilidade”.
Ela vai além, “é importante lembrar que cuidar de si mesmo não é um sinal de fraqueza, mas sim de sabedoria e autocuidado. A vida profissional na advocacia pode ser exigente, mas não precisamos enfrentar todos os desafios sozinhos. Conversar com colegas, amigos ou um profissional de saúde mental pode fazer uma diferença enorme em como lidamos com as pressões do dia a dia”, detalha.
Dentro da doutrina filosófica da psicologia comportamental, é essencial promover um ambiente de trabalho saudável, onde o diálogo e o apoio mútuo sejam incentivados. Apoiar colegas que estão enfrentando dificuldades é uma forma de contribuir para uma cultura de saúde mental positiva na advocacia.
A conscientização e a educação sobre saúde mental podem contribuir para desmistificar estigmas e encorajar indivíduos a procurar ajuda quando necessário. Ao promover o diálogo aberto e o apoio mútuo, podemos construir uma comunidade mais resiliente e empática, onde o cuidado com a saúde mental é visto como um ato de força e não de fraqueza.
“Neste ‘Setembro Amarelo’, convido todos a refletirem sobre a importância de cuidar da saúde mental. Que possamos criar um espaço onde o bem-estar emocional seja prioridade e onde todos se sintam apoiados e valorizados, não apenas como profissionais, mas como seres humanos”, finaliza, Silvia.
Sobre Silvia Resende
Silvia Rezende é uma psicóloga e pedagoga com uma formação em Terapia cognitivo-comportamental. Ela tem 27 anos de experiência em diversas áreas da psicologia e é especialista em Terapia Comportamental Cognitiva pelo Ambulatório de Ansiedade (AMBAN), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é filiada à Federação Brasileira de Terapias Cognitivas.
Atualmente, ela é a coordenadora técnica da Clínica de Psicologia LARES e atua como psicóloga colaboradora no Instituto de Psiquiatria – IPq HCFMUSP. Além disso, ela é professora no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde ministra o curso “Lidando com a depressão”.
Silvia também concluiu um curso de Mindfulness e Redução de Estresse, o que a capacita a ajudar seus pacientes a lidarem com o estresse e a ansiedade de maneiras eficazes. Como psicóloga clínica, ela se especializou em Transtornos de Ansiedade e Depressão, fornecendo tratamento e apoio para aqueles que lutam contra essas condições.
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