O 5º Seminário Cultura e Saúde, organizado pela Prefeitura de Franco da Rocha em colaboração com as Secretarias da Educação, Cultura e Saúde e o Museu de Arte Osório Cesar, em parceria com a Trapézio Produções, faz parte da programação do 6º Festival Soy Loco Por Ti Juquery, que acontece de 12 a 15 de setembro, com mais de 40 atrações, no Complexo Hospitalar do Juquery, em Franco da Rocha, com entrada gratuita.
A abertura do acontece no dia 12/09, quinta-feira, às 17h, com a Mesa I que traz o tema “O Juquery na História e na Arte” e as participacoes de Mônica Nador e Maria Clementina Pereira da Cunha. Com mais de um século de histórias, o Complexo Hospitalar do Juquery foi tema de diversas pesquisas e práticas artísticas no território criado para o tratamento psiquiátrico. Em 1986, o livro “O Espelho do Mundo: Juquery, a história de um asilo” foi publicado pela primeira vez, como resultado de uma longa pesquisa pela historiadora Maria Clementina Pereira Cunha e, em 1988, a artista Mônica Nador foi orientadora do Ateliê de Arte do Museu Osório Cesar, frequentado por artistas-pacientes do Juquery.
No dia 13/09, sexta-feira, às 15h, acontece a Mesa II, que discutirá o tema “Caminhos para um Futuro (Living Museum)” com Rose Ehemann (Living Museum) e a artista suíça Isabelle Wachsmuth. O debate abordará espaços de arte acolhedores para pessoas neurodivergentes e o impacto da ciência na saúde mental. O Living Museum é um movimento internacional que cria espaços de arte inclusivos para neurodivergentes, presente em vários países. Rose Ehemann, da Suíça, coordena a expansão de novos Living Museums pelo mundo. Isabelle Wachsmuth é artista e trabalha na OMS há mais de 20 anos.
A Mesa III acontece também no dia 13/09, às 18h, com o tema “O que Não Pode Ser Esquecido Quando Juquery Fecha as Portas?”, e contará com a presença de Flavia Mielnik, Cibele Lucena, Gabriela Serfaty e Neusa do Espírito Santo (Dona Neusa). O debate abordará o fechamento do Hospital Psiquiátrico do Juquery e o livro de artista que documenta suas histórias e memórias. O hospital encerrou a internação permanente em 2021, após 123 anos de funcionamento, o que motivou as artistas Cibele Lucena e Flavia Mielnik a criarem um livro baseado em relatos de ex-funcionários e de um ex-interno morador, mesclando as histórias com uma construção gráfica em monotipia e colagem. “O que não pode ser esquecido quando o Juquery fecha as portas?” aborda a dor e a violência do Estado, mas também momentos de vida dentro do manicômio, destacando a importância de preservar essas memórias. A pré-venda do livro será anunciada durante o evento.
O Soy Loco Por Ti Juquery é um festival de artes aberto e gratuito que, desde 2018, propõe a ocupação do Complexo Hospitalar do Juquery em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo.
Mais informações: www.soylocoportijuquery.com/
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VALERIA MAGNABOSCO BLANCO
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